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quarta-feira, 27 de fevereiro de 2013

Eli Vieira: A farsa Científica


                Começamos esta dissertação informando ao leitor que ela vem tarde. Vem tarde porque não tivemos tempo nem interesse anteriormente em assistir abobrinhas de um pastor protestante, que em nada nos interessa, e muito menos nos interessaríamos pela resposta de um bocó qualquer que se diz “membro fundador da Liga Humanista Secular e geneticista de Cambridge”. Sabemos, e sabemos muito bem, o nível intelectual dos geneticistas dessa universidade. Mas sempre podemos nos surpreender, não é?
                Pensamos que já havíamos visto de tudo em “Deus, um delírio”, mas os geneticistas de Cambridge sempre podem nos surpreender e mostrar um nível intelectual mais baixo ainda. A qualquer momento, poderemos comparar-los aos rufiões da “Vila Mimosa”, o famoso prostíbulo na cidade do Rio de Janeiro.
                Sem mais delongas, vamos expor o charlatão, e as razões pelas quais ele não expôs, em seu vídeo, nada além de falácias – estas, sim, falácias “de verdade” – ou seja, sofismas para obnubilar a verdade.
                Vamos começar dizendo que este “intelectual” ao qual nos referimos fez um  vídeo com a intenção de contestar – e apenas contestar – o pastor Silas Malafaya. Explicamos: a resposta é justamente contra o argumento do pastor de que não há determinismo genético na questão da sexualidade. O geneticista faz um interminável discurso sobre a genética, apelando para a tática do “misdirection”, para, no fim do vídeo, afirmar que não há determinismo genético! Ora, se não há determinismo genético, tampouco o determinismo genético pode existir para a questão da sexualidade. Ou o Eli Vieira estaria a “puxar a sardinha para a sua brasa”?
                Não consideraremos aqui nem mesmo o fato de a ciência (em especial a ciência materialista) ser supervalorizada, mesmo sabendo por dados e fontes seguras que a visão da ciência é escolhida pelo cientista, e que a “sociedade acadêmica é uma prostituta”. Seremos sucintos neste ponto, que é, em si, matéria para um próximo artigo: ciência não existe. Ponto. O que existe é uma filosofia materialista e irracionalista que busca na natureza as explicações que dificilmente estariam nela contidas. Para maiores informações sobre este tema, consultem o artigo “Sobre a Técnica”, publicado neste blog em agosto de 2012.
                Sobre as pesquisas que o próprio Vieira cita sobre gêmeos univitelinos e homossexualismo, sejam estas indicando que 46% dos gêmeos univitelinos homossexuais têm gêmeos homossexuais, podemos ressaltar o seguinte: Pelo que nos ensina a matemática, 54% ainda são maiores indicadores que 46%. Não bastasse isto, estas pesquisas foram feitas utilizando médias aritméticas, uma vez que todos os resultados já eram conhecidos. Explico: suponhamos que eles tenham feito estas pesquisas com mil indivíduos adultos, homossexuais e que têm gêmeos. Destes, 230 tinham gêmeos que eram homossexuais. Ou seja: eles já sabiam quem era e quem não era homossexual. Daí, basta fazer a matemática e pronto: você sabe qual é a porcentagem de univitelinos homossexuais. No entanto, se você fizer a média ponderada, que serve para descobrir qual é a chance de alguém que tenha determinada configuração genética venha a ser homossexual na idade adulta, não chegaria a 14%. Ou seja: a genética não é assim, tão importante, para determinar se alguém será ou não homossexual. Ou seria preciso que este que vos escreve, um blogueiro esquecido pela internet, ensinasse isto ao Senhor Doutor Eli Vieira?
                Outro ponto importante é que o supracitado “Doutor” menciona escaneamentos de cérebros de homossexuais e heterossexuais.  Pesquisas que enveredem por este caminho estão evidentemente fora do escopo da “boa ciência”, se é que assim poderíamos chamar. Ele menciona que os cérebros de homens homossexuais são parecidos com os de homens homossexuais, e que os de mulheres homossexuais são parecidos com os de homens heterossexuais. As primeiras perguntas relevantes sobre este tema são: quem foram os indivíduos que formaram o grupo de controle? E os indivíduos que formaram os outros grupos? Foram homens homossexuais de comportamento másculo, ou eram afeminados? Foram mulheres masculinizadas, ou apenas homossexuais? Como foram escolhidos os indivíduos? Quais foram os critérios para a seleção dos grupos? Estas perguntas são muito importantes, porque nos mostrariam qual é o perfil mais comum nos homossexuais, e como estes perfis diferem entre si quando lhes escaneamos os cérebros. Isto porque a neurociência já sabe que as sinapses – as famosas ligações neurais – podem diferir de indivíduo para indivíduo, de acordo com as experiências de cada um. Poderiam ser estas sinapses aprendidas, e não inatas, como tão fortemente sugere Eli Vieira? Se sim, o homossexualismo seria, mesmo, comportamental, e o comportamento esdrúxulo de determinados indivíduos não seria nada além de uma mimetização do meio em que ele convive, ou seja, de homens tentando ser mulheres, ou se comportar de forma afeminada, e de mulheres querendo parecer homens ou se comportando de forma masculinizada. Se não, teríamos ainda um outro problema, porque os grupos de controle foram, evidentemente, indivíduos adultos e homossexuais. Como seria a sua neuro-anatomia na infância? Seria possível que escaneamentos de cérebros de bebês nos mostrassem que a sexualidade é inata, ou apenas confirmariam a teoria de que ela é comportamental? É claro que estamos excluindo os óbvios contratempos de nem sabermos quais indivíduos serão homossexuais quando crescerem, nem seria conveniente expor bebês a um nível de radiação tão alto desnecessariamente.
                Resumo da ópera: Este Eli Vieira é apenas um pseudo-cientista que tentou (e miseravelmente fracassou na tentativa de) usar suas credenciais de forma ilegítima para propagar uma agendinha do “politicamente correto”, com a finalidade não de desmistificar o ramo da filosofia que este sujeito estuda, mas de disseminar o ateísmo, uma ideologia imoral e assassina. O que poderíamos esperar de um dos líderes de uma entidade chamada “Liga Humanista Secular”?



                                                                                 H.P. Cunha