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sábado, 12 de julho de 2014

Um Socialista a Menos



Para um socialista, é simplesmente impossível que se tenha sucesso com o trabalho e prosperidade com esforço e mérito. O socialismo é esquema de vagabundagem psicológica que, antes de tornar um sujeito improdutivo para a sociedade, trata de fazê-lo crer que o esforço tem de ser recompensado igual, independentemente da força que se desprenda, do empenho ou da responsabilidade que envolvem tais e quais funções.
Uma das falácias mais apregoadas por eles é que os Países ricos são ricos não por causa da concentração de renda nas mãos de quem trabalhou para adquirir capital, mas a exploração dos Países pobres.
Aprendemos na escola que os carros americanos são feitos no México, que as televisões americanas são feitas no México, que os tênis americanos são feitos na China, e até a Coca-Cola americana é feita em outros Países. Isso é simplesmente absurdo! A pergunta que eu sempre me fiz, desde a época da escola é simples: "E os americanos? Trabalham só como atendentes de lanchonete e operadores de telemarketing?"
Ora, se o lastro do dólar é justamente a produção industrial americana, evidentemente, se os americanos não tiverem produção industrial além de milhos e beterrabas, o dólar despencaria. É justamente nos Países desenvolvidos que estão situadas as melhores e principais montadoras de carros, por exemplo: Mercedes-Benz na Alemanha, Ferrari e Lamborghini na Itália, Rolls Royce e Alpha-Romeo na Inglaterra, bem como um sem-número de montadoras importantes na América. Da mesma forma, a pequena indústria não deixa de ter sua importância, pois seria impossível exportar, mesmo do México (imagine daqui), hortaliças frescas. Não vou entrar na questão da dieta norte-americana para não me alongar e não criar polêmicas desnecessárias.
O único argumento importante é: os Países desenvolvidos produzem a maior parte das coisas que nossos professores nos ensinam que eles não produzem: de fertilizantes com esterco até itens de alta tecnologia. Se não fosse assim, seriam uma classe de funcionários públicos parasitas que sugam através de impostos e ágios a produção dos pobres. Como podemos perceber, os Países ricos produzem. A quem cabe a carapuça da acusação?

segunda-feira, 7 de julho de 2014

O Drama dos Esportes no Brasil



Esportistas têm de ganhar bem, mesmo. Eles são o modelo da juventude.
Certamente seremos alvo de críticas, pois há quem pense que a atividade militar seja superior à atividade desportiva.
Bem, sim e não. Militares existem para seguir ordens. Foram os militares que fizeram a República, em um ato odioso e pérfido. Foram os militares que "esquerdizaram" o Brasil, abrindo lugar para toda a revolução gramsciana. Foram os militares que dominaram a União Soviética. Nenhum desses atos foi heróico.
E mesmo quando os militares são heróis, a própria virtude do heroísmo não os permite vangloriarem-se. São, sobretudo, anônimos, como todos os heróis. Um desportista, por outro lado, vive - ou deveria viver - uma vida espartana. A ele são dados todos os lauréis da vida militar. O treino atlético, desde os gregos, é cópia do treino militar, independentemente do esporte. Os títulos dados a uma seleção são, desta forma e por extensão, feitos de um povo e de seu poderio militar e bélico.
Ora, não foi por isso que a Rússia comunista e a América se esforçaram tanto para ter os melhores atletas? Não era, evidentemente, para demonstrar um melhor futebol ou uma natação frutífera. Era para demonstrar, pelo lado americano, que o capitalismo era melhor em todos os sentidos, e que os atletas americanos eram superiores aos de outras nacionalidades. O lado russo tentava a mesma tática. O objetivo era intimidar.
Este não é o caso do futebol.
Primeiro, perguntemo-nos: o que é importante neste desporto, e por que o Brasil é nele tão superior às outras nações? A resposta, infelizmente, não agradará a todos.
Comparemos com outras modalidades desportivas: no handball, se o adversário rouba a bola, é necessário recuar e reagrupar. Não fazê-lo é falta. Não há espaço para “malandragens”. No volleyball, é necessário ter perspicácia e boa pontaria, além, é claro, de um físico muito bem preparado. Em cada esporte, podemos ver um grupo de habilidades necessárias para a vitória do time. No rugby, a resistência dos jogadores. Nas lutas, a força e a técnica. No tiro, a pontaria. E no futebol?
Ora, pela própria natureza do futebol, as habilidades necessárias para ser um bom jogador são a malandragem, a malícia e o engodo. Em um esporte onde cada time avança como quer, o time que enganar o adversário maior número de vezes, com dribles, será o time que mais vezes ficará de frente para a sua meta: o gol. Nesta realidade, a pessoa que tem maior “ginga”, maior malícia e puder enganar mais vezes o adversário vai, necessariamente, sobressair-se junto às outras.
Evidentemente, também estará em vantagem aquele jogador que “cava” faltas. Um esporte que preza pela “malandragem” do corpo, também preza pela “malandragem” da mente. Diríamos mais: uma pessoa não pode ter uma sem a outra.
“Ora”, diriam os opositores desta tese, “isto até poderia ser verdade para Brasil, Argentina e Itália, mas os alemães não são assim”. Nada poderia estar mais longe da verdade. A frase correta seria: “os alemães não são todos assim.” De fato, não são, assim como não o são todos os brasileiros. Mas os que se sobressaem no futebol, são.
Ora, o Brasil é um País onde todos os que podem dificultar alguma coisa para você, dificultarão, com o intuito único de levar alguma vantagem com isto. No Brasil, impera a “lei de Gerson”. Em um povo onde tudo é feito no malandreado, até a dança (o samba é um exemplo claro disso, só para citar gêneros “clássicos”), o que esperar dos esportes? O brasileiro se mostra vanguardista, sim, apenas no esporte mais matreiro de todos.
É neste cenário que vimos despontar Garrincha, Pelé, Gerson e Sócrates. Claro que foram grandes desportistas dentro de suas modalidades. Mas o que ensinaram para as próximas gerações? Que era mais fácil crescer jogando futebol que fazendo uma verdadeira carreira. Podemos até dizer mais. Pelé, na verdade, foi o primeiro beneficiado da “lei de Gerson”: foi o primeiro desportista a fazer comerciais e a ter sua imagem atrelada a várias marcas de várias coisas, fazendo, assim, uma fortuna. Vantagem sobre o futebol.
De lá para cá, as coisas não melhoraram muito. Além dos salários milionários, os jogadores têm a sua imagem atrelada a uma série de produtos como desodorantes, roupas íntimas e itens de tocador. Mais ainda: são escolhidos cada vez mais cedo, para poder potencializar os lucros das megacorporações. É claro que esta mistura, de jovens (em sua maioria pobres) com muito dinheiro e muita fama é o composto-base para a dinamite social.
Assim, sem nem nos darmos conta do que está a acontecer, isto é, que estão fazendo exemplos cada vez piores para a nossa juventude, vimos despontar Neymar Jr., persona non grata nesta página, a quem dirigimos este artigo.
Ora, não temos nada contra a pessoa de Neymar, nem mesmo o conhecemos. Mas uma pessoa que vive em orgias, tem um filho fora do casamento, relaciona-se com outra menina (hoje, sim, mulher), corta o cabelo com a rebeldia que alguns chamam, modernamente, atitude, enfim, que é um péssimo exemplo para as nossas crianças, deveria ser execrado do esporte, independentemente de o quão bem jogue.
Sim, o brasileiro se sai muito bem no futebol, pois está acostumado ao “set” de qualidades e defeitos que são desejáveis em um jogador de futebol. No ataque, é capaz de enganar o adversário muitas vezes consecutivas e preparar um bom ataque. Quando não consegue, tenta enganar o juiz. O mesmo ocorre na defesa: abordam violentamente o adversário e tentam fazer parecer que foi um lance válido.
“Então”, retrucarão os opositores de nossa tese, “por que ele não é execrado do esporte?”
O esporte, no Brasil, não serve como uma forma de demonstrar a soberania dos ideais de uma Nação. O esporte, no Brasil, não é um grito de: “Nossos ideais são superiores aos seus. Nós somos superiores a vós!” Não. Na Terra de Santa Cruz, o esporte é o “circo” dado pelos soberanos para manter a mente das populações ocupadas com outros assuntos que não os importantes. O futebol, em “Terra Brazilis”, é para engessar a mente e impedir o pensamento e a reflexão. É o entretenimento das massas, é o único esporte praticado nas escolas públicas. Mas deixemos o tema das unanimidades brasileiras para outro artigo.