A coisa é
relativamente simples: existe um problema, e os revolucionários sempre foram
mestres em se aproveitar dessas situações de crise. Não que os vinte centavos
sejam uma crise. O que gera a crise são os protestos. Explico: mesmo que a
maioria dos revoltosos seja, de fato, militantes de partidos esquerdistas, há
quem está lá como “massa de manobra”. Exatamente por isso é que está tendo
tanto quebra-quebra.
A manobra é
simples e muito conhecida: os agitadores vão na frente, armados com coquetéis
molotov, paus, garrafas e o que mais puderem. Atrás, vêm os idiotas úteis.
Pronto, a confusão está montada. Uma vez agredida, a polícia vai reagir de
forma enérgica, e reprimir os atos de vandalismo até de quem está só de
passagem, e não tem nada a ver com os protestos. Está certo. Ou o leitor
imagina que tem um letreiro luminoso na testa dos vândalos escrito: “agitador”?
Uma vez na delegacia, os devidos esclarecimentos serão prestados, e, se a
pessoa não estiver mesmo com a “passeata”, vai ser liberada sem ser fichada.
Se, em contrapartida, for um vândalo, agitador ou idiota útil, tem de ser
fichado, mesmo.
Revolução, no
Brasil, não. E, quem quiser viver num paraíso socialista, pode ir para Cuba ou
Coreia do Norte. Mas, por favor, deixe quem quer viver em paz.
H.P.
Cunha
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